sábado, 28 de junho de 2008

Tanta coisa prá pensar, tantas coisas para escrever...

Sou leitora compulsiva, leio até 4 livros de uma vez ( um na bolsa, um debaixo da cama, um no banheiro e um no sofá da sala). Cada momento livre eu uso prá ler.

Isso sem falar na web! O que tenho de artigos salvos, copiados da página ou por meio de downloads!

Também escrevo sendo que, ultimamente, não tenho conseguido concatenar as idéias para poder concluir o que quer que seja. Aliás, ainda tenho vários rascunhos para terminar (acho que quase 20 começos d elivros, sendo que eu poderia condensá-los para poder publicar pelo menos um! rsrsr)

Bom, lembrei agora que eu tenho um livro pronto. E o engraçado é que não é nada da linha que sempre adotei.

Infantil. Pois é. Depois que a gente tem filho, começamos a aprender coisas e descobrir outras tantas. Segue um trecho do meu livro:


Medo de médico

- Está na hora!

- Hora de quê?

- Da pediatra, ué. Esqueceu que hoje é dia de vacina?

- Vai doer?

- Depende de você.

- De mim?

- É. Lembra o que a gente sempre conversou? De que quanto mais nervoso a gente fica, mais dor

a gente sente?

- Lembro.

- Pois então. Quando a gente fica nervosa, o corpo da gente sente mais dor. Sem contar que, se

tiver que tomar vacina, ou outra injeção, o corpo fica duro e aí sim, dói mais. Isso se chama

tensão.

- E se eu não ficar nervoso?

- Dói menos e é mais rápido, por que aí, a pessoa que vai aplicar fica mais tranqüila também.

- Ah. É igual quando precisei colocar aquela "mosquinha" no braço?

- Mais ou menos. A diferença é que a "mosquinha" tinha remédio, porque você ficou doente: a

vacina você toma para não ficar doente, entendeu?

- hum... Você vai me dar a mão?

- Claro!

- Então, tá bom.

No dia seguinte, na escola, a aventura foi contada da seguinte forma para os amigos:

- Ontem tomei vacina! - declarou João, todo prosa.

Bocas escancaradas de pavor ao lembrar os escândalos que faziam para tirar a atenção dos pais

da vacina e, quem sabe, fazer com que esquecessem que foram ali só para ver os filhos serem

espetados? ("Que vexame!", "Vamos deixar para outro dia, quando estiver mais calmo!")

Mariana, um pouco mais corajosa do que o restante da turma, resolveu arriscar uma pergunta:

- Doeu?

- Não, sua boba - só dói quando a gente chora.

Olhares incrédulos: como é que podia, só doer se chorasse?

- Olha João, acho que você tá mentindo - resmungou Pedro, que detestava ter que ir na pediatra

porque a mãe sempre dava uns cascudos na entrada - afinal, ela tentava entrar e ele tentava

sair, medindo as forças, quem vocês acham que ganhava no cabo de guerra? O cascudo, né?

- Não tô não! Quando a minha mãe chegar, pergunta pra ela!

E a discussão foi indo, foi indo, até que a tia Ana resolveu investigar o que podia estar fazendo o

papo daquele grupinho estar tão animado.

- Eh, calma aí gente. Que discussão é essa?

- O João tá mentindo, Tia! - gritaram os colegas em coro.

A tia olhou o menino, que já estava ficando vermelho de raiva, porque se tinha coisa que ele não

gostava era de ser chamado de mentiroso.

- Não tô não! - berrou ele de volta, quase em lágrimas.

- Será que alguém pode me explicar o que é que vocês acham que é mentira?

- O João tá dizendo que tomou vacina ontem e não chorou! - reclamou Mariana.

- E que já teve que colocar uma mosquinha no braço e tirar sangue e também não chorou!

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